quarta-feira, 6 de junho de 2007

Visão apocalíptica do mundo - Parte 2

Seguindo a sugestão de um amigo, embrenhei-me na leitura de um livro chamado "Era dos extremos – o breve século 20" do autor Eric Hobsbawm, livro este que retrata a história mundial desde o início da primeira guerra mundial até o desmoronamento do regime comunista em 1991. Confesso que ao iniciar a leitura deste livro, o considerei um tanto quanto enfadonho para aquilo que gosto de ler. Amo história. Na verdade, amo a história mundial, mas, sinceramente, não gosto de muitas dissertações. Acho que ser claro, simples e ir direto ao assunto é mais emocionante do que divagar sobre um monte de sinônimos para falar uma única coisa, um único assunto. Aproveitando a oportunidade e não sendo muito divagante ou dissertante, confesso que de início não gostei desse livro. E ainda o estou lendo. Está complicado, mas vamos tentar chegar até o final.
Porém, algo que me chamou atenção ao ler trechos do livro foi entender melhor como funcionava a "guerra fria" do período pós-Segunda Guerra Mundial. Achei interessante entender como Estados Unidos e URSS "dominavam" o mundo apenas através de ameaças. Nenhuma das duas potências estava disposta a por assim dizer, "apertar o gatilho" ou a acionar o tal "botão vermelho" a que tantos filmes aludiam naquela época ( especialmente entre os anos 60 e fins dos anos 70) e que podia decretar o fim da humanidade. Porém viviam insinuando esta possibilidade. Assim que um lado ensaiava alguma ação mais expressiva de guerra, o outro também mostrava as mangas de fora e através de alguma atitude um pouco mais radical, indicava que poderia fazer o mesmo. Diante da ameaça da autodestruição, ninguém fazia nada. E assim fomos passando as décadas de 60, 70, 80 até que chegamos ao início dos anos 90 com a queda ingloriosa do comunismo. O mapa mundial mudou. A Europa mudou. E o mundo atingiu o seu ápice capitalista. Enfim estávamos livres da ameaça que poderia destruir o mundo. A humanidade estava salva da "fera" comunista que podia engolir os homens e os fazerem mais infelizes e desgraçados. Reinava a política certa para a humanidade: o Capitalismo! Reinava a forma certa de governo: a Democracia!
Hoje, mais de uma década depois daquela época marcante na história, chegamos de fato a algumas conclusões reais: O mundo mudou pouco no aspecto político. Quase nada. As ameaças permanecem, continuam. E a forma de governo agraciada pelo povo em fins dos anos 80 não fez ninguém mais feliz de lá para cá.
No aspecto social, a humanidade continua cada dia mais pobre. Completamente dividida. O Capitalismo triunfante resultou na escravidão econômica de países pobres aos países ricos. Os países ricos não estão mais tão ricos assim. O colapso mundial é evidente, e os homens amanhecem com medo do dia seguinte. Medo e dúvida quanto a se irão existir no outro dia ou serão vítimas da violência desenfreada. Medo da doença imperante cada dia em novas formas. Medo da possibilidade de viver...neste mundo livre do império comunista.
Significa isso que o império comunista seria o melhor para o mundo?
Nem tanto. Ele ainda existe na sua forma oriental, e pelo que sabemos, não gerou felicidade e solução para a humanidade enfraquecida e empobrecida. Os aderentes do comunismo continuam tão escravos quanto dantes.
Diante de tudo isso, claro que nos resta uma única pergunta: Então, o que esperar do futuro? Uma nova política de governo? Uma nova forma de governo? Uma fórmula mágica que possa colocar a humanidade nos trilhos da prosperidade e da felicidade.
Chego eu à tenebrosa conclusão: A não ser que o divino intervenha nos assuntos humanos, dificilmente chegaremos a alguma lugar. Dificilmente faremos do mundo paraíso. Nós estamos mesmos fadados a acabar como raça e como povo. É o fim da humanidade. Acabou-se a esperança. E o sonho da felicidade!
Que Deus nos ajude! Amém.

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