sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Âncora


Sou vento minuano,
Você, a brisa da primavera,
Sou o olho do furacão,
Você, a chuva fina e gostosa numa manhã de verão.
Sou o Tigre,
Você, um gato siamês sonolento aos pés de seu dono.
Sou Rocha,
Você, a areia do mar na sua beleza e infinidade.
Sou um tiro de canhão,
Você, a flecha certeira na alma do poeta.
Sou terremoto devorando tudo,
Você, a bonança depois da tempestade.
Sou a dor de dente,
Você, o bálsamo revigorante,
Sou um aleijado tentando uma subida,
Você, a muleta que tanto necessito.
Sou a cólera ulceral,
Você, o tônico que cura.
Sou o réu culpado,
Você, a sentença de liberdade,
Sou o sono profundo,
Você, a cama quente numa noite de chuva.
Sou o inverno,
Você, a primavera.
Sou o louco,
Você, a mente.
Sou um nada,
Você, a vida!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ave Maria.
vai escrever bonito assim lá na china viu>
tudo bem meu amiguinho?..saudades dessas palavras lindas.
por isso q adoro vc.
muito muito muito.
Qria um dia ser musa inspiradora de seus poemas.
bjo.